Ki/Energia
Para explicar sobre poderes de luta, primeiramente é necessário explicar sobre o “ki”. No universo de Dragon Ball, ki é um tipo de energia vital encontrado em todos os seres vivos, até mesmo planetas e estrelas. É baseado no conceito de ki (ou “chi” ou até “qi”) encontrado em diversas religiões orientais, mas apresentado com grande exagero na história de Toriyama. Os guerreiros de Dragon Ball usam o ki para superar os limites de seus corpos físicos, dando-lhes uma força e velocidade sobre-humana. Eles também são capazes de manipular o ki em forma de ataque, concentrando-o em alguma parte do corpo – normalmente nas palmas das mãos – e atirar a energia acumulada como poder destrutivo.
Nos tempos de Dragon Ball, os personagens treinavam focando no aumento de força e stamina, mas a partir do treino com Kami-Sama, o foco dos treinos passou a ser o de trabalhar o ki. Sobre a tutela de Kami-Sama e Mister Popo, Goku aprendeu a arte de localizar o oponente através de seu ki, uma importante técnica para poder acompanhar um oponente mais veloz, e também como manipular o próprio ki para que o oponente não sinta consiga localizá-lo (o que ficou conhecido como ‘apagar o ki’). Enquanto que no começo da série a base dos ataques utilizando ki eram considerados bastante avançados e raramente vistos (Mestre Kame diz ter demorado 50 anos para conseguir lançar um Kamehameha perfeito), com o aumento do ki dos personagens, eles passaram a ter melhores performances com ataques com base de ki, passando a ficar cada vez mais destrutivos, até o ponto em que ataques com base de ki passaram a ser normais. Os personagens também começaram a utilizar o ki para levitar, possibilitando voar livremente pelo ar, outra técnica que vemos como avançada no início e depois, eventualmente, acaba se tornando comum. O uso do ki tornou-se tão importante que os guerreiros passaram a ser julgados pela quantidade de ki que possuíam. O ki passou a ser lido como um número que mostrava o poder do indivíduo, o poder destrutivo, o poder de luta.
Saga de Freeza
A forma se sentir ki na Terra era feita dessa forma, entretanto, no espaço afora, Freeza e seus subordinados desenvolveram uma forma diferente de ver o ki. Como Freeza escolhia a dedo seus capangas, dentre os vários guerreiros de todo o universo, naturalmente esses eram dotados de uma incrível quantidade de ki, entretanto eles eram ignorantes quanto aos elementos básicos. Por exemplo, nenhum deles era capaz de sentir o ki naturalmente, aparentemente por focarem demasiadamente no poder absoluto, o que impediu Vegeta de aprender a técnica antes da batalha na Terra. A maioria dos capangas de Freeza também não eram capazes de controlar o ki à vontade, aumentando e diminuindo-o conforme a necessidade, o que parece ser uma habilidade que poucas raças tem. De fato, de acordo com Ginyu, raças com capacidade de alterar o ki sem uma transformação são bastante raras.
Scouters
Tirando a incapacidade de sentir naturalmente o ki, Freeza e seus homens conheciam bastante os usos do ki, sendo capazes de realizar ataques complexos utilizando o ki. Contudo, para eles, o ki não era um tipo de energia vital, mas uma energia usada para lutar, nada mais. E essa para essa energia utilizada para lutar deu-se o nome de “poder de luta” (sentou-ryoku em japonês).
Como não conseguiam sentir o ki naturalmente, eles desenvolveram uma tecnologia capaz de fazê-lo. Essa tecnologia foi chamada de “scouter”, feito para localizar e medir numericamente a quantidade de poder de luta que alguém possui. Usando esse sistema de medidas, um terráqueo comum, como o fazendeiro que encontra Raditz, tem um poder de luta de 5, enquanto que os subordinados mais fracos de Freeza têm pouco menos de 1500. Os melhores soldados de Freeza têm poder de luta maior que 20.000 e o próprio imperador do universo tem um incrível poder de luta de 530.000, quando em sua forma mais fraca.
Os scouters também serviam de comunicadores, similares a walkie-talkies que mostram a medida do poder de luta em um display colorido que fica sobre o olho do usuário. Além disso, os scouters conseguem captar os indivíduos de maiores poderes de luta do planeta, além de indicar a que distância e que direção se encontram. Similares a walkie-talkies por serem dispositivos de comunicação interplanetária – quando Raditz lutou na Terra, Vegeta e Nappa escutaram tudo que o scouter dele captou.
Mas essa tecnologia também tinha suas desvantagens. Além de alguns modelos só conseguirem medir até um determinado valor de poder de luta (quando liam poderes de luta muito mais altos que o suportado, os scouters explodiam), nem os melhores scouters eram capazes de medir variações instantâneas de um poder de luta, o que faz com que o scouter meça um valor falso do poder de luta (um exemplo disso é na luta de Goku contra Jess e Boter, em que Goku aumentava o ki instantaneamente só para repelir um ataque, e o scouter não conseguia medir a mudança do poder de luta de Goku).
Todos os soldados de Freeza usavam scouters em seus negócios intergalácticos, invadindo planetas e vendendo-os a outras civilizações após o extermínio das populações nativas. Scouters eram essenciais para definir o tipo de ataque, dependendo da resistência apresentada pelo planeta. Se os nativos fossem fortes, eram mandados soldados de elite, com maiores poderes de luta, e se o planeta fosse fraco, mandavam soldados de classe baixa, como Kakarotto, enviado à Terra para uma pequena “limpeza”.
Papel na história
Durante tempo, enquanto Freeza e seus homens eram os principais antagonistas, os scouters eram comumente vistos na história, e havia grande discussão entre os soldados sobre quanto de poder de luta as pessoas tinham. Embora os guerreiros da Terra tenham visto Freeza e seus homens usando scouters, e até chegaram a usar um após a batalha contra Raditz, mas nunca deram muita atenção a este sistema numérico de medição de ki. Ao invés disso, passaram a usar o próprio método de sentir o ki.
Por outro lado, os homens de Freeza constantemente foram frustrados pela forma de como os guerreiros da Terra e de Namekusei podiam aumentar e diminuir a vontade os seus poderes de luta, o que causou a morte de muitos desses soldados, que confiavam cegamente na capacidade de os scouters medirem com precisão a força de seus adversários.
Com Freeza finalmente derrotado, os scouters e a medição numérica dos poderes de luta desapareceram da história de Dragon Ball. Durante a saga de Cell, os andróides eram equipados com radares que funcionavam basicamente como os scouters (mas não foram dados muitos detalhes sobre isso no decorrer da história), e os andróides nunca declararam leituras de ki em valores numéricos.
Durante a saga de Majin Boo, Babidi e seus homens mediam “energia” (o termo deles para ki) com uma unidade chamada kiri (provavelmente um trocadilho com Riki, do japonês, que signigfica “poder”). Era medido o kiri de uma pessoa com um dispositivo similar aos contadores Geiger, mas esse sistema de medição é mostrado bem pouco na série e, dessa forma, não é possível estabelecer nenhuma relação para conversão entre as unidades de medida de ki usadas por Babidi e Freeza. Uma das poucas referencias numéricas que temos é de que Goku lutando contra Yakon, ao transformar-se em super saiyajin, apresentou um poder de 3000 kiris.
Após as sagas
Então, assim que a saga de Freeza acabou, a idéia de poder de luta efetivamente desapareceu. Após o fim das sagas, o sétimo daizenshuu mostrou mais poderes de luta oficiais que não haviam sido declarados até o final da saga de Freeza, e afirmou que depois desse ponto era impossível determinar numericamente o aumento dos poderes de Goku e Cia.
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